Ópio

Como pode? É, como pode, ser assim tão forte. E ainda há quem diga que o amor anda escasso, isso e aquilo. Tudo mentira, intriga de uma oposição que cultiva amor em si, mas que não achara a quem destinar. Concordo que ele está meio esquecido ou até comum demais. Talvez, se não me engano, as pessoas estão o confundindo com algo similar. Tudo o que parece ser bonito está sendo denominado amor. 
Com as mãos no vidro, nesse dia chuvoso, me pergunto eu... Como pode ? É algo que toma conta, sobe, desce, desfila dentro de mim e não me permite esquecer de nenhum detalhe, de nenhum momento, de nenhum traço naquele rosto. Criança sou outra vez a rir de tudo, brincar de esconder com a saudade que me faz vibrar a cada sexta-feira para ver o sorriso, para viver a magia. 
Quiçá tudo não passa de um sonho, quiçá. Ou será que estou a fazer como os meus companheiros desta tripulação, cuja denominação é mundo, confundindo flor com amor? 
Ora, esse amanhecer que brota aqui dentro a cada minuto, me renova de modo a me fazer querer viver mais e mais para ter a prova real, 
se é realmente amor ou mil vezes intensidade. Não sei ao certo, o que é, nem como é. Posso apenas dizer que é completamente maluco e informal, tão fora da antiga realidade esse ópio do bem que eu denomino felicidade.  



Um comentário:

  1. É muito bom estar feliz, ainda mais se o amor participa desse sentimento :)

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