Encontro

      Éramos um
      Até caminharmos para o centro da esfera
      Sem pretensão de lugar nenhum
      Há espera um do outro

      Longa caminhada
      Noites de cigarro e café preto
      Noites de sono e cabeça tapada
      Sonhando estar perto

      Montanhas e pontes de abandono
      Causei de tudo, por dentro, rebelião
      De primavera a outono
      De inverno a verão

      Impaciência rumo a desistência
      Até o dia em que vi amanhecer
      Inédito encontro com o sol
      Resultado de tamanha resistência

       Nessa caminhada, que sem saber
       Trouxe a luz para meu espírito vagante
       Fogo para os dias frios
       E acerto para um ser errante

       Acerto de contas com a vida
       Nasce o fruto do casual
       Pois, se ontem eu era singular
       Hoje sou plural


         Deise Carvalho


      
      

    

Restart



      Um blog retrata o interior daquele que o escreve, e assim, o período pelo qual essa pessoa está passando. A personalidade é incorporada pela essência e o modo de escrever de cada um, as características ficam registradas em cada palavra e um pouco de cada imagem retrata a imagem daquele que o produz. 
       Retrato e deixo aqui, de hoje em diante, pedaços, fragmentos e sentimentos. Recomeço, a partir de hoje, a caminhada nessa nova estrada e deixo aberta a cortina, para que comece, não o espetáculo, mas emoções a penetrar em cada coração, que aqui passar. 
        Escondi o rosto atrás de uma máscara pintada por mim, Síngular Wallentine, meu grande refúgio, minha grande fraqueza, meu codinome. A cortina se abre, e aqui quero apresentar a você, meu leitor, um pouco desse período que inicia na minha vida, e assim, o gostoso prazer de sentir esse orgasmo que pode se tornar vicioso.