Inexplicável

          Há um tempo atrás, eu teria um milhão de coisas para dizer sobre o amor. Diria que é algo vazio, caso estivesse desiludida. Diria que é o maior dos sentimentos, o supremo, caso eu estivesse pensando amar alguém. Ano passado, aliás, eu disse que "o amor é como uma rosa, precisa de cuidados, dentre esses, o carinho, a dedicação; devemos regá-la todos os dias com a mais pura água, e tudo o que há de bom em nós." E realmente a coisa funciona mais ou menos assim, mas o que me surpreende é ter dito o que não sabia, ou talvez o que ainda não sei direito. Afinal, me considero "calouro" na arte de amar.
           Este ano já não sei o que dizer sobre o amor, já que é tão bom, tão melhor do que eu apenas pensava. O amor é um universo paralelo, onde embarcamos em uma viagem de intensidade, é como mergulhar no mais puro dos oceanos, é estar perto mesmo há milhões de quilômetros. Amar é atravessar o deserto de todas as solidões, é estar forte e capaz de encarar qualquer desafio, sem ter medo, pois amar é um desafio. Amar é perdoar não importando a situação, é ser companheiro, é ser amante. Amar é renascer a cada dia, ter o reflexo das boas vibrações no sorriso e no olhar do outro, é  transbordar de satisfação, é enxergar um mundo inscrito na Terra.
              A lupa do amor me faz enxergar o quanto eu era vazia, quando pensava que o amor existia para todos os outros seres, menos para mim. E a prisão que eu me autosubmetia consistia no medo de estar aberta, de estar pronta para habitar um universo que não era o meu, o universo das pessoas felizes. Mas a coragem me veio a tempo para mostrar que amar é inexplicavelmente inexplicável.





Para todos os apaixonados, um Feliz dia dos Namorados. 

Um comentário:

  1. A vida ganha cores com o amor, assim como o sangue ganha intensidade e a mente ganha sonhos. Lindo texto.

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