Costume

Se eu chorar, não quero que me console com meias palavras. Não quero que utilize meia palma de uma das suas mãos para secar uma lágrima minha. De repente eu chore de fraqueza, de repente eu sofra de um mal tão comum e que com certeza você conhece bem. E pode me chamar de fraca, pois é isso que somos. Frágeis. Somos tão vulneráveis, que sofremos por algo que não vemos, algo que julgamos existir e sentir em algum momento. E como ia dizendo, não quero saber de nada que for pela metade. Se for para viver em meio termo, prefiro o nada. Já que me é de costume não ter o que partilhar, nem com quem. Já que me canso dia por dia, cama vazia, sala cheia e sempre sem ninguém. Por fim, te ordeno me virar as costas e partir para onde encontrar aconchego, preciso e devo cuidar de mim e só ir, ir só.

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