Em nossos braços feitos de pano
Formou-se um nó
Indestrutível por natureza, livre de qualquer dano
Atado por amor, linha, pano e pó
Reforçado por intensidade
Aquecido apenas por refletir um pouco de nós
Um pouco do muito que somos, sem vaidade
De tecido sensível, o meu mais rijo, enquanto o teu tão frágil
Nossas pernas andam em passos paralelos
Resistentes apenas por andarem juntas e no rítmo
Conforme a vida leva, conforme a melodia
Ininterruptos tornam-se os elos
Que cercam este nó afastando melancolia
Deixando aqui dentro inquieto o meu pedinte coração de palha
Enquanto vagarosamente, para causar suspense
Você acende o fósforo e sussurra
E o coração hesita que muito não pense
Para que acidentalmente caia aqui dentro
Pois o álcool minha alma já pôs sobre a mesa
A espera da labareda
Porém, enquanto isso, meu sangue feito de "Cabernet"
Corre enlouquecido de cá para lá, de lá para cá
Formando sorriso no rosto, trazendo a mim beleza
Por fora já não mais boneca, por dentro correnteza.
Deise Carvalho
Palavras muito bonitas, meu amor. Só discordo do tecido frágil, ao meu ver seria aveludado. Sacou? Pelos, veludo. :) Gostei muito do texto, meu amor. Que grande talento tu tens. *-*
ResponderExcluirObrigado, meu amor :) uahsuahsuahsuahs saquei ;)
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