Éramos um
Até caminharmos para o centro da esfera
Sem pretensão de lugar nenhum
Há espera um do outro
Longa caminhada
Noites de cigarro e café preto
Noites de sono e cabeça tapada
Sonhando estar perto
Montanhas e pontes de abandono
Causei de tudo, por dentro, rebelião
De primavera a outono
De inverno a verão
Impaciência rumo a desistência
Até o dia em que vi amanhecer
Inédito encontro com o sol
Resultado de tamanha resistência
Nessa caminhada, que sem saber
Trouxe a luz para meu espírito vagante
Fogo para os dias frios
E acerto para um ser errante
Acerto de contas com a vida
Nasce o fruto do casual
Pois, se ontem eu era singular
Hoje sou plural
Deise Carvalho
A união, a pluridade e a ligação dão sentido à vida. Deixou de ser singular para ser plural, e que seja assim pela eternidade. :)
ResponderExcluirEi obrigada por me recomendar aqui.
ResponderExcluirBelíssimo poema.
Tenha uma semana colorida!
Oi amor, espero que seja assim pela eternidade ;)
ResponderExcluirOi Jehnny, obrigado por vir, de nada. Seja novamente bem vinda,sempre que desejar. \o/